VALE DOS DINOSSAUROS EM LAJEADO
Agora em Lajeado uma placa identifica o Vale dos Dinossauros, em uma casa do bairro Florestal e desperta a atenção de quem caminha pela rua. Dinossauros, extraterrestres e bonecos feitos com jornais velhos e tinta à base d’água dão ares artísticos ao modelo de museu desenvolvido pelos irmãos Paulo Cesar, 52, e Airton Giongo, 54.
Desde 2010, eles abrem a casa para receber interessados em conhecer o trabalho artesanal. Com tiras de papel, fita e cola, revestem moldes feitos com arame e dão forma a praticamente tudo que a imaginação sugere. Fãs de documentários e de clássicos da aventura e da ficção científica, como Jurassic Park e Star Wars, são especialistas na fabricação de seres de outros planetas e de outras eras. A principal atração do Vale dos Dinossauros é um tiranossauro rex de 2,2 metros de altura, que demorou três meses para ficar pronto.
A ideia surgiu há sete anos, quando Paulo assistiu ao programa Art Attack, da Disney, em que o apresentador ensinou a reproduzir os protagonistas do filme Gremlins usando jornal. “Eu pensei: isso eu também consigo fazer”, lembra. Diz que os dois sempre foram “metidos” e que depois de algumas tentativas a coisa fluiu. Começaram a expor em feiras do livro, escolas e eventos municipais.
Além dos R$ 5 cobrados como ingresso, os irmãos vendem bonecos. O mais procurado é o chaveiro do tiranossauro rex, a R$ 5. O preço máximo, no catálogo convencional, é R$ 35. Também atendem encomendas especiais, geralmente de pais para presentear os filhos. Um dragão vendido por R$ 350 está nesse rol.
O pedido mais recente sairá por R$ 20 e é de um cajado de extraterrestre, feito depois que um menino viu o instrumento usado por XKR21, o ET criado por Paulo. “Até registrei o nome em cartório. Se alguém quiser usar esse nome, não pode”. O artesão também quer tentar a sorte no mundo literário. Já havia escrito mais de 90 páginas de uma história envolvendo vikings, mas perdeu tudo em uma pane do computador. Agora tenta resgatar o enredo da própria memória.
Mais de 200 peças
Uma série de bonecos que reproduz a evolução é outra atração do espaço caseiro. Cinquenta personagens representam a diversidade cultural e temporal da humanidade. Entre um homem das cavernas e uma mulher moderna usuária de smartphone, estão personagens como: pirata, soldado romano, múmia, padre, gaúcho, carrasco, faraó, jogador de futebol, carteiro, asteca e jogador de pôquer.
A essa coleção somam-se 20 extraterrestres e 120 dinossauros. Além de espécies conhecidas, como espinossauro, gallimimus, edmontonia, os irmãos inventam outras.
“É o que vem na cabeça. Às vezes, as crianças dizem que não existe e eu digo brincando que apenas não foram descobertos pelos paleontólogos ainda. E uma coisa é gostar de dinossauros, outra coisa é gostar de Steven Spielberg. Não é tudo como vemos nos filmes”, comenta Airton. Na visitação, o público ganha um molde e aprende a produzir.
Os irmãos não têm um controle de quantas pessoas passam pela atração, mas em geral são grupos de escolas e parentes de moradores locais, que estão na região de passagem. Já receberam visitantes de diversos estados, da Espanha, Alemanha e Chile. Não raro, os visitantes comparam a casa com o Parque Vale dos Dinossauros de Canela. “Lá tem que caminhar demais e muitos cansam. O pessoal gosta daqui porque é pequeno”, diz Paulo.
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