RESÍDUOS DE OBRAS: PROBLEMA OU SOLUÇÃO?
As obras da Copa geraram muito resíduo |
O crescimento do mercado imobiliário, as obras para a Copa do Mundo e as intervenções para melhoria da infraestrutura e da mobilidade urbana transformaram a cidade em um canteiro de obras.
O resultado é cada vez mais material descartado: junto com o aumento das construções, cresce também o volume de resíduos do setor. Quase 50% do total de resíduos sólidos gerados no país vem da construção civil, segundo pesquisas do setor.
Para que esses materiais tenham destinação correta no Paraná, acaba de ser criada a Associação das Empresas Paranaenses dos Resíduos Sólidos da Construção Civil (Aemparcc).
Grande Curitiba
Há cerca de dois meses, gestores das principais usinas recicladoras de resíduos provenientes de obras de Curitiba e Região Metropolitana se reúnem para debater o assunto e conduzir ações.
Resíduos gerados nos canteiros de obras |
Atualmente, seis usinas da Grande Curitiba compõem a associação. “Queremos atingir mais empresas, em cidades do interior”, diz Adilson Penteado, presidente da associação. “Nosso objetivo é atuar como parceiros do poder público e das entidades de classe para fiscalizar e estimular a correta destinação das sobras de construção”, complementa.
Desafios
Os dados mais recentes do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), indicam que em 2012 os municípios brasileiros coletaram cerca de 35 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD).
O número representa aumento de 5,3%, em relação ao ano anterior, que foi de 33 milhões. Desse total, a região Sul respondeu pela coleta de 4,7 milhões de toneladas.
Existem marcos regulatórios sobre o tema – como a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a Resolução nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e a Política Nacional de Saneamento Básico – mas o que se observa, na rotina das cidades, é que boa parte desses entulhos tem destinação inadequada. Muita coisa acaba indo parar em terrenos baldios, valas, ruas e encostas de rios.
Conscientização
Na Grande Curitiba, segundo Adilson Penteado, são movimentados por mês entre 80 e 100 mil m³ de entulho, mas apenas 20% desse total chega às usinas recicladoras.
“Precisamos conscientizar não somente grandes geradores, como construtoras, mas principalmente a população, de que o resíduo da construção é um problema ambiental”, observa.
Maurício Bassani |
Maurício Bassani, engenheiro civil e facilitador da fiscalização do Departamento de Fiscalização do CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná), diz que os cidadãos devem buscar informações sobre as possibilidades de coleta e, quando necessário, contratar serviços de empresas idôneas e com licença ambiental para a correta destinação dos restos gerados por reformas ou construção.
Reutilização
Segundo dados do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (IBDS), cerca de 90% dos resíduos da construção civil podem ser reaproveitados. Nas usinas recicladoras, o entulho se transforma e retorna ao canteiro de obras na forma de produtos de boa qualidade.
A madeira, por exemplo, pode ser triturada e utilizada na fabricação de pallets, além de servir como combustível para caldeiras.
Restos de pisos e colunas de concreto são transformados em areia, brita, rachão (sub-base para estradas) e pó de pedra, com os quais são produzidos bancos de praça e meio-fio para calçadas. “Esses produtos não agridem o meio ambiente, pois são produzidos com o material que antes iria para os aterros sanitários, e poupam a extração dos recursos naturais”, avalia Adilson Penteado.
O engenheiro Maurício Bassani aprova a reciclagem dos entulhos, mas observa que o preço é um fator limitador. “Esses produtos geralmente têm custo de produção maior, fazendo com que sejam mais caros do que os tradicionais, o que é um empecilho para sua ampla utilização”, sinaliza. 35 milhões de toneladas de resíduos de construções foram geradas pelos municípios brasileiros em 2012. O volume aumenta a cada ano.
Fonte: Gazeta do Povo – Curitiba-PR
QUEM É O TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES?
O Técnico em Edificações, sob supervisão de engenheiros ou arquitetos é o profissional responsável pela condução da execução técnica de trabalhos de edificação, prestando assistência no estudo e desenvolvimento de projetos, pesquisas e instalações, orientando e coordenando serviços de instalação, manutenção e restauração, fornecendo assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos especializados. É capaz de desenvolver estudos preliminares de projetos de edificações, desenhar e interpretar projetos civis, aplicando as normas técnicas e regulamentos de construção e de instalações vigentes, instalar e gerenciar canteiros de obras, elaborar e desenvolver projetos dentro dos limites estabelecidos pelos conselhos regionais e organizar o processo de licenciamento de obras.
A UNIPACS é parceira do PRONATEC e oferece Bolsas nos Cursos Técnicos nas unidades de Esteio e Taquara.
Peça mais informações pelos fones (51) 3473-0178 para ESTEIO e (51) 3541-2441 para TAQUARA.
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!